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Ao fim de dois anos de publicação semanal (ao Domingo), no jornal Diário do Minho de Braga, com reflexões sobre o mundo global da gestão urbana e o que isso significa para o nosso futuro, já hoje, entendi que este era o momento adequado para dar uma oportunidade às inúmeras sugestões que a investigação em torno desta temática me tem proporcionado. Desde a longínqua Austrália, ao continente americano, da velha Europa, à renascida China, a que se juntou recentemente a vontade do governo indiano, os nossos políticos, gestores e líderes enfrentam  uma  realidade cada vez mais penosa e difícil de gerir: migração em massa para as cidades. Hoje, 73 por cento da população mundial vive em contexto urbano. Um peso na balança que desequilibra a capacidade humana de se gerir de forma sustentável . A dimensão Económica, Social e Ambiental - partes integrantes do monopólio da gestão em que jogamos a nossa vida - deixaram de ser chavões exigindo novas respostas cada vez mais complexas. A Tecnologia assume um papel fundamental para solucionar inúmeros problemas do quotidiano, mas sem a dimensão humana, é apenas mais um instrumento  que joga a favor e de forma desequilibrada dos que tem capacidade de assimilar as suas virtudes. O espelho desta concepção de Cidade de Vidro (touch screen) é irreversível, mas é na qualidade de vida dos cidadãos e na multiplicidade dimensional dos problemas quotidianos que todos querem ver resolvidos, que reside a esperança de quem vive o dia a dia , seja ele numa grande metrópole, ou numa pequena vila. O direito à cidade Luz, à cidade Feliz, à cidade Cosmopolita, à cidade de cada um e do seu espaço, é cada vez mais um bem precioso. Analisar as novas tendências, descobrir novas experiências, procurar soluções é o ADN deste Blogue que procura unir três ideias: a viabilidade das cidades e a sua relação com as pessoas, a cidadania enquanto motora de construção de cidades saudáveis e a inteligência humana enquanto instrumento de soberania que nos assegura o justo equilíbrio entre o percurso emocional de cada um de nós, a visão tecnológica urbana e a capacidade de sermos na cidade e com a cidade que escolhemos.

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