sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Recursos humanos longe de serem otimizados

A otimização dos recursos humanos é uma das tarefas mais difíceis, comportando riscos de avaliação qualitativos e quantitativos nem sempre fáceis de descortinar. Uma recente avaliação feita pelo Forum Económico Mundial avalia, a partir de 46 indicadores, o que se passa nos 124 países avaliados. O estudo sobre o capital humano "Human Capital Index", agora publicado, deixa Portugal em 38º lugar, revelando que a capacidade para otimizarmos os  recursos humanos não ultrapassa os 74,5%, o que significa que a margem de progressão é enorme e que é possível fazer mais e melhor. A principal referência nesta avaliação, apoiada pela Consulta Mercer, é a Finlândia, seguindo-se Noruega, Suíça, Canadá e Japão.  Os países do Sul da Europa, estão em posições semelhantes a Portugal (Itália em 35º; Grécia na 40º e Espanha na 41º), sugerindo que existem problemas comuns quer ao nível do investimento na Educação inicial, aprendizagem ao longo da vida, desemprego e participação no mercado de trabalho. O estudo não revela o impacto económico em cada país, fácil de percecionar, mas não de quantificar. Contudo, citando as palavras de Diogo Alarcão, Country Leader da Mercer para Portugal, numa entrevista a a Ana Catarina Ribeiro, é fácil perceber que será "o talento e não o capital o fator-chave que conjuga inovação, competitividade e crescimento no século XX", defendendo, por outro lado, que é necessário "olhar para além dos ciclos eleitorais dos relatórios trimestrais". A solução parece estar à vista e é clara nas suas palavras: " diálogo, colaboração e parcerias entre todos os setores são cruciais para um alinhamento entre a escola, o governo e as empresas".

Leia aqui o Relatório do Forum Económico Mundial


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A dúvida

É frustrante ter razão antes do tempo, mas ninguém me pode acusar de não ter alertado para os efeitos  da aplicação tecnológica nas cidades. Há muitos especialistas a fazê-lo. As dúvidas espalham-se, mesmo junto da Comunicação Social

Um artigo de Paul  Mason, editor chefe de Economia do canal de notícias britânico Channel 4, alerta para as questões de privacidade e para os problemas de Democracia questionando a forma como as cidades inteligentes estão a ser equacionadas. O alerta para a opinião de Mason foi dado na nova edição da revista Smart Cities- Cidades Sustentáveis

Leia aqui a sua opinião,

http://www.theguardian.com/commentisfree/2015/oct/25/we-cant-allow-the-tech-giants-to-rule-smart-cities


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

E as crianças?...


A UNICEF retomou ontem, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o programa "Cidades Amigas das Crianças"- uma iniciativa destinada a lembrar a necessidade de os governos locais terem uma política amiga do desenvolvimento e crescimento harmonioso das crianças. 
A iniciativa, de carácter internacional, foi lançada em 1996, colocando a criança no centro dos indicadores que permitem classificar um habitat como saudável.
A saúde, a educação, o abrigo, a água limpa, instalações sanitárias decentes, proteção contra a violência, abusos e exploração- são apenas alguns dos aspetos que determinam ou não se as cidades estão a desenvolver uma política consentânea com os seus direitos.
E por cá o que andamos a fazer? Três notas para que seja possível refletir. NO domingo cá estarei no blogue para desenvolver o tema.

1. Os serviços básicos de Saúde continuam a não ter um suporte organizado de apoio á criança (faltam médicos de família para um milhão de portugueses)

2. O abandono precoce da escola continua a ser superior a dois dígitos

3. A violência e os abusos marcam as notícias no dia-a-dia. Nunca foram uma exceção. Basta ver o que se passa nos Tribunais de Menores.



terça-feira, 27 de outubro de 2015

É vê-los passar...



Apesar dos números diários , continuámos impotentes a assistir à debandada de uma geração que se viu forçada a virar as costas ao país. 
Os últimos dados não vislumbram nada de bom nem para o futuro imediato, nem a médio prazo. Os últimos dados, tornados públicos pela Fundação Bertelsmann, coloca o dedo na ferida: ou invertemos a situação, ou uma nova geração de portugueses dará continuidade à ma:ior debandada de sempre de jovens.O alerta está hoje na versão online  do Diário Económico ao referir-se à situação da juventude portuguesa:

segunda-feira, 26 de outubro de 2015


Os dados estão lançados

Portugal e o Mundo


Já conhece o site globalstat.eu. ? Aqui tem informação global ao dispôr de um clik. Conheça a realidade. Não deixe que outros pensem por si.  Os dados que pode consultar ajudam-no a conhecer melhor o mundo e o posicionamento do nosso país - um tema em debate na próxima quarta-feira, dia 28 de Outubro, em Coimbra, numa iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos



O estado de saúde município a município

Quer conhecer o estado de saúde do seu município? O Grupo de Investigação em Geografia da Saúde, da Universidade de Coimbra, criou o projeto GeoHealthS - um Índice de Saúde da População onde é avaliada a evolução nos 278 municípios entre 1991 e 2011.
A evolução é grande, mas há ainda muitas questões em aberto. A desigualdades geográficas espelhadas em 31 por cento de municípios em que este indicador sofreu uma evolução negativa é um deles. 
O coordenador do projeto, Paulo Santana, lembra, nas suas declarações ao Jornal I, que o estudo revela que há áreas prioritárias para trabalhar: morbilidade nos municípios da  faixa litoral; mortalidade em áreas rurais e periféricas, as dimensões económica e social e o ambiente físico.
Leiaa mais em  saudemunicipio.uc.pt 



Carta Aberta ao meu vizinho
Morador em parte incerta



Meu caro,
Não sei por onde anda. Sei que há muito tempo que não tenho notícias suas. Por cá, leem-se as Últimas dos que comemoram dois anos de poder local e os que querem chegar ao poder, ora porque ganharam eleições, ora porque as perderam. É confuso, mas é assim. Já percebeu, caro amigo, que é grande a confusão. Todos gritam sem razão: os que a julgam, os que a fazem, os que a perderam, os que acham que a têm - mas todos se esqueceram que a principal razão que nasceu da vontade do povo que os elegeu, é para que pessoas como o meu amigo tenham Liberdade de escolha.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Uma cidade chamada Desejo





Há duas características nas cidades que são cada vez mais essenciais à sua competitividade:  ambiente positivo e dinâmico. Estas características constituem, por si só, uma marca distinta e absolutamente necessária para gerar o que se pode chamar de conforto de confiança mútuo. Não há limites à perceção do ambiente urbano e do que isso significa para a estabilidade emocional, para a perspetiva positiva do desejo. Esta palavra, que foi maldita para muitos autarcas, resulta da vontade do exercício pleno da cidadania com todas as consequências que isso acarreta.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Uma cidade chamada Desejo



As necessidades das pessoas e das cidades podem ser resumidas  a uma palavra Desejo. Leia no próximo Domingo, no diário do Minho, a próxima crónica intitulada "Uma cidade chamada Desejo". A imagem cinematográfica das cidades em que todos somos parte ora da tela ora da plateia.

e na Europa...


Leia no mesmo Jornal, os números sobre a Europa. São quase 25% da população.

 estes números já não surpreendem e merecem uma que se trace uma linha vermelha



http://www.jornaldenegocios.pt/economia/impostos/detalhe/quase_25_dos_europeus_em_risco_de_pobreza_ou_exclusao.htm

Estamos cada vez mais pobres

As estatísticas são oficiais e pecam, desde logo, por serem uma amostra. Mas mesmo assim, é grave dizer-se que 19,5% da população portuguesa é pobre. leia o que diz o Jornal de Negócios sobre o assunto

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/justica/detalhe/pobreza_sobe_e_atinge_195_da_populacao.html

Assim Sim!




Há muitas e boas razões para acreditar que os efeitos de uma visão apostada no envolvimento direto das instituições e dos seus responsáveis em causas sociais, ajudam a mobilizar a sociedade civil. O que se está a passar com o projeto de luta contra o cancro da Mama e a Dádiva de Sangue, em Braga, consolida um dos aspetos mais sensíveis da visão da gestão integrada. Este não é o único exemplo e não acontece apenas em Braga ou no Minho; está a acontecer no país. Se a dádiva de Sangue continua a fazer o seu caminho tradicional com a mobilização das instituições, empresas e cidadãos, a luta contra o Cancro está a mobilizar de forma distinta a mesma sociedade, apelando a partir de uma instalação que nos remete para a ideia de que todos não são de mais

A primeira fotografia registada às primeiras horas da manhã de quinta-feira, na Praça do Município, parece um estendal por onde correm pendurados soutien's nas suas mais variadas formas e feitios. «Correm» como numa pista de atletismo a favor da Vida. São todos diferentes, todos iguais contra a doença que continua a matar em Portugal 1500 mulheres/ano









Leia mais em http://www.laco.pt/cancro-mama/estatisticas

terça-feira, 13 de outubro de 2015

o equívoco de Guilherme Oliveira Martins



Falta planeamento estratégico ao poder local em Portugal. A frase de é de Oliveira Martins, o presidente demissionário do Tribunal de Contas. Guilherme de Oliveira Martins que esteve esta manhã na conferência  organizada conjuntamente pela Ordem dos Contabilistas Certificados e pela TSF, reconhece melhoras, mas acha que ainda é possível fazer mais.
Ora, o presidente do TC devia analisar os últimos documentos apresentados obrigatoriamente pelas autarquias relativamente ao seu posicionamento perante o horizonte 2020 e os respectivos fundos comunitários, para perceber que as autarquias já estão a trabalhar com cenários de 10 e 15 anos, o que é significativo num país nada habituado no passado a desenvolver planos estratégicos.

Semana Europeia da Democracia local. Alguém ouviu falar?



A semana Europeia da Democracia Local começou ontem. Um conjunto de iniciativas, apadrinhadas pelo Conselho Europeu, lembra-nos o papel fundamental do poder local na consolidação das democracias europeias. Este ano, o tema principal desta Jornada de reflexão é dedicada à problemática do multiculturalismo " Vivre emsemble dans les sociétés multicultureles. "
As ameaças terroristas em solo europeu, de que o ataque em território francês é um exemplo ainda vivo na memória de todos, marca o discurso desta Semana. O mote foi dado por Gaye Doganoglu (PPE/CCE-Turquie e vice-presidente do Congresso e coordenador político da Semana Europeia da Democracia Local. 
em Portugal, a iniciativa está  a passar ao lado. Ninguém fala dela. Mas há projetos e iniciativas como a plataforma criada pela Associação Nacional de Freguesias para permitir uma melhor resposta às necessidades dos cidadãos a constituir um exemplo do fortalecimento das infraestruturas da democracia portuguesa, tal como a prática generalizada  de partilhar as responsabilidades com os cidadãos na gestão dos orçamentos locais. Hoje será também o dia em que se ficará a conhecer a evolução dos municípios portugueses na gestão económica e financeira...  um pilar estruturante para o futuro da democracia local.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

...e a bioeconomia?


É um dos temas em Bruxelas e uma das áreas que começa a movimentar autarcas, gestores públicos e privados: a bioeconomia estará em destaque esta quarta-feira. Siga o debate


Bruxelas-seis mil a discutirem o futuro das regiões e das cidades



Bruxelas é palco a partir de hoje e até à próxima quinta-feira do maior evento organizado e torno das regiões e das cidades. Conhecido como Open Days, seis mil especialistas europeus discutem a aplicação dos fundos, as políticas, os projetos e as experiências.



A Democracia Tecnológica


Publicado na edição e Domingo, 11 de Outubro, no Jornal Diário do Minho




A dispersão é tão grande e imparável que se um dia (amanhã) a sociedade humana evoluir para a consolidação da gestão política da coisa pública nas redes sociais sem se armar de nenhum escudo, seremos capazes de digerir o volume de bytes gerado pelos inúmeros protagonistas, nem pelos discursos mecanicamente expressivos. Não será o caos social –mas o reflexo de uma nova ordem política mais musculada e menos democrática que se apresentará perante os cidadãos por questões de segurança. Para o comum de nós, este cenário está longe, é até inverosímil e revelador de um tom pessimista que reina entre muitos pensadores.

pagar para pedalar



A ideia é francesa e quer aproximar os residentes das grandes cidades do modelo existente em países como a Holanda e a Alemanha. Veja como
Leia aqui a notícia do Dinheiro Vivo

http://www.dinheirovivo.pt/faz/interior.aspx?content_id=4821646&page=-1


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

É do parecer que se constrói a percepção.




A velha frase, atribuída à avaliação do comportamento da mulher de César é tão atual que ela se aplica a tudo, inclusive às coisas (things) que podendo parecer o que não são, parecem-se mais com o que percepcionamos do que com aquilo que queremos que pareçam.
Políticos, gestores, empresários, sociólogos e analistas convergem na necessidade de refletir sobre os caminhos da Democracia e a relação desta com a Tecnologia, a partir da rede da Internet. A frase da Tecnológica Hitachi Data Systems, "Cities are safer when data creates visibility", demonstra que há ainda um grande divórcio entre querer ser e parecer transparente. E isso está a acontecer com a velha democracia e com as novas formas de interação social que não aceitam facilmente qualquer explicação, nem se sentem satisfeitas com explicações mais ou menos sérias.
Leia mais na crónica "Cidadeipessoas, na edição de domingo do Jornal Diário do Minho. Conheça a opinião  de Francesca Bria, a doutorada em empreendedorismo e inovação pelo Imperial College de Londres e líder do D-CENT- um projeto europeu da NESTA-Agência para a Inovação do Reino Unido que avalia os movimentos sociais e a relação entre tecnologia e democracia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A Psicologia está na rua







Os leitores que tiveram a oportunidade de lerem um texto, neste espaço, sobre os cheiros e a sua importância para a identidade das cidades – podem lê-lo no blog-  nunca pensaram como o problema pode ser mais vasto a ponto de merecer uma análise psico-geográfica do dia a dia. É inacreditável e fascinante observar os diferentes ângulos de cientistas, investigadores e especialistas em terrenos de saber tão diversos. Esta semana chegou-me às mãos uma das últimos obras de Collin Ellard- um neurocientista da Universidade de Waterloo, em Ontário, Canadá. “Places of the heart” (espaços do coração numa tradução literal). Uma obra descrita pelo autor de “Happy City-Transforming our lives through urban design”, Charles Montegomery como imprescindível para compreendermos como os lugares que habitamos mudam o nosso corpo e mente.