sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A falsa reforma






Não houve melhoria na eficácia da gestão. Esta fase, dita assim, assassina a pseudo reforma Administrativa  e assinala a oportunidade perdida para o país se repensar, territorialmente falando, sobre o modo como pretendia ser gerido localmente. 
Bem vistas as coisas, utilizou-se uma palavra cara -reforma- para fazer uma coisinha que, já se percebeu, há muito, está longe de responder ao significado da dita cuja. E assim se perdeu mais uma oportunidade que se transformou rapidamente numa anedota. 
Que ninguém duvide que a maioria das freguesias deste país e da sua população está-se a borrifar para o que pensa Lisboa sobre o modo como os seus territórios devem ser geridos e na primeira oportunidade - que está próxima- vão destruir a intenção, porque disso não passou, de implementar um processo que nasceu torto. 
Por muito que queira, miguel relvas não ficará na história ao lado do único reformador da administração do território, chamado Mouzinho da Silveira que, para o bem e para o mal, introduziu no século XIX uma alteração profunda na gestão do território, cujas consequências são ainda hoje visíveis e merecem reparos dos povos afetados. 
Acompanhe o desenvolvimento dos trabalhos da Associação Nacional de Freguesias, em Ponta Delgada.  O estudo elaborado sobre a coordenação do professor António Cândido de Oliveira, da Universidade do Minho, já mereceu várias reações. Saliento a do presidente da ANAFRE, Pedro Cegonho, ao Dinheiro Vivo sobre as alterações impostas a que muitas autarquias foram sujeitas: " o objetivo é fazer um apuramento junto das freguesias que foram agregadas contra a vontade das populações e contra a vontade dos autarcas e nesses casos repor as freguesias que existiam anteriormente a esta reforma".

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