Caros,
Ontem, a soberba reinou em todo o seu esplendor na pequena aldeia de Sabariz. 1300 litros de duas dezenas de caurdos desfilaram pelos olhos e pela barriga de mais de 1500 comensais que ousaram conhecer o interior verde do Minho, numa esplendorosa caminhada por sabores tão variados como o Caldo de Javali, de castanhas, de farinha ou de toda a horta, incluindo o bacalhau. As pataniscas feitas do mesmo e em abundância abriram o repasto numa dança de azeite, enquanto o frenesim se instalava pelo terreiro da antiga escola primária. Cercados pelo fogo vibrante estalado entre canhotas e pruma,imponentes potes lavrados pela forja de antigos ferreiros, desenharam o espaço onde homens e mulheres se aventuraram entre legumes,carne e peixe, afogando de sabores tão díspares gente nova e mais velha numa vontade ofegante mas disciplinada combinação entre a vontade e a concha - tudo em nome da capacidade de cada um para apreciar o maior número de caldos. Não há melhor hino que este, quando já não restava uma malga para os incautos da noite. Resta a memória que há-de perdurar na história desta aldeia. Até já, Festa do Caldo no Pote,em Sabariz, Vila Verde,2016.
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